sábado, 9 de junho de 2012

Porquê?

E foi por isso que gostaste de mim?
Como foi possível gostares de mim?
Porquê?
Não sei.
Sei que eu como sempre pizza à mão e tu com faca e garfo.
Sei que eu gosto de cores frias e tu de cores quentes.
Sei que somos de signos completamente distintos.
Sei que quando nos conhecemos tinhamos vida, amigos, objetivos completamente distintos.
Sei que gostas de te expressares, dançares, gritares, enquanto eu gosto mais de estar no meu cantinho.
Sei que tens muito pouca paciência e eu tenho quilos dela.
Sei que para ti é tudo preto no branco e que eu penso em todas as tonalidades de cinzento, entre o preto e o branco.
Sei que somos muito, muito diferentes.
Mas também somos muito, muito, muito semelhantes.
Sei que gostamos de viajar. Sei que gostamos de ir ao cinema. Sei que gostamos de um dia de ronha, sem fazer nada, de pijama e com uma boa comida. Sei que gostamos de almoçar, jantar fora. Sei que gostamos do que estudamos, ainda que nos queixemos muito disso. Sei que temos os mesmos sonhos, ainda que não os expressemos da mesma forma. Sei que pensas em mim antes de adormecer. Sei que estás ao meu lado, mesmo quando não estás aqui. Sei que mesmo que às vezes não me compreendas, estás do meu lado na mesma.
Por isso, não sei porque gostei de ti. Hoje sei porque gosto, e muito. Mas não sei o que houve para gostar. Sei que foi (e é) um caminho. Hoje sei tanto de ti. Sei tanto de mim, contigo. E gosto de este saber. Saber assim.
Saber que vou ter uma mensagem tua pela manhã.
Saber o que estás a fazer, não por perguntar, mas na maior parte das vezes porque já me disseste.
Saber que vais mudar a música do carro dois segundos depois de teres entrado.
Saber que por mais que te diga a minha casa não tem isolamento sonoro, vais sempre falar alto cá dentro.
Saber que vais querer ir sempre à fnac, seja em que shopping for.
Saber que o teu primeiro pedido numa prenda vai ser sempre um ipod.
Saber que um dia vais mesmo ter o teu ipod.
Saber que vais reclamar do meu pc e dos meus sofás.
Saber que vais comer sempre do meu lanchinho.
Saber que, em cada dia, vai haver sempre algo que faças que eu já sabia que o ias fazer. Mas saber, também, que não trocava isso por nada, que quero ver esse mesmo passo que já sabia que ias fazer, porque ainda temos outros tantos para dar que ainda não demos. Tanto mundo para percorrer, sabores para experimentar, palavras para dizer, viver, viver, viver.
E no meio disto tudo, é isso. Estou aqui para ti. Sei que estás aí para mim. Para viver.


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