segunda-feira, 20 de agosto de 2012

E Setembro a chegar...

Em Setembro embarco numa nova aventura. Tal como muitos outros estudantes, decidi fazer erasmus. Vou para terras de nuestros hermanos estudar durante uns tempos. Tenho estado, claro, a aproveitar o meu verãozinho pelas minhas terras portuguesas, de modo a que não tenho pensado muito nisso. Já está tudo encaminhado, contratos assinados, o cantinho para habitar escolhido e alugado. A vontade de sair de Portugal é imensa, assim como, a vontade de sair da casinha dos papás e ter o meu próprio espaço, mesmo que seja apenas um quartinho num apartamento partilhado. No entanto, gostaria de iniciar esta aventura contigo. Gostaria que estivesses comigo. Gostava de pensar não no meu quarto, mas no nosso. Não no que eu preciso de levar, mas no que nós precisamos de levar. Não como vou tornar aquele quartinho mais o meu lar, mas sim, o nosso lar. Estou habituada a planear tudo contigo. E não é só uma questão de hábito, é um gosto, é um prazer, é o que me dá alegria. E, por isso, é-me estranho planear toda esta mudança sem ser contigo. Claro que te consulto, te ouço, te peço para participares comigo em todos os detalhes referentes a esta mudança, mas sabe-me a pouco. Queria pegar em ti e levar-te comigo. Queria partir para esta aventura contigo, porque é o que mais desejo, partir daqui contigo. No entanto, tento pensar no bom que vou adquirir para nós desta experiência, pois a nível individual, quer social, quer profissional é sabido que terá muitas vantagens, de outra forma, deixava-me ficar em casa sossegadinha. Quanto aquilo que possa adquirir para nós, costumo pensar que é um treino, um treino para que quando formos nós, eu já me saiba orientar, e, também, ensinar-te a ti. Aquilo que aprender não será só para mim, mas, também, para nós. O partir, entrar numa casa desconhecida, fazer dessa casa o nosso cantinho, serão coisas que depois faremos só nós. O que levar disto servirá, no fim das contas, para nós e isso reconforta-me, e muito. Depois penso também nas saudades. Naquelas saudades que me vão matar, consumir, afligir, doer, porque vão e eu sei que vão. Mas também sei que essas saudades só me vão fazer ver, ainda mais, o quanto gosto de ti, o quanto estou realmente destinada a ti. E, acredito, que essas saudades nos vão ensinar que, realmente, ainda temos um longo caminho, só nosso, pela frente. Tenho medo que seja difícil, que doía muito, tanto, que nos magoe e não nos deixe ver a big picture. A big picture que saudade que custa assim tanto, só pode significar vontade, ainda maior, de estarmos lado a lado. Acredito que vamos conseguir. Acredito que estás feliz por mim, por ir embarcar nesta aventura. Acredito que me vais, sempre, sempre apoiar. E, mais importante, acredito que nos momentos piores, vamos conseguir ver a big picture, vamos apoiar-nos e vamos ultrapassar. E como eu costumo dizer, o lado bom da saudade é matá-la e os nuestros hermanos ficam ali a uns passinhos. Um dia vou ser eu e tu. Tu e eu. Tu. A ti, obrigada. Por tudo. A saudade já aperta e ainda aqui estou. Caraças, gosto mesmo, mesmo, mesmo, muito de ti.
"And I promise to come back to you. Even though I must fly to find my wings."



3 comentários:

  1. Assim é que é pensar!
    É isso mesmo; a distância não mata os amores que são fortes (e olha que sei do que falo).

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    1. Obrigada :)
      A partir de Setembro este blogue nem se vai aguentar de tanta lamechice e choro xD

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    2. Vai nada! Vais descobrir o poder do Skype e vais descobrir este site que é uma maravilha cheio de ideias para fazermos à distância e sentirmo-nos perto à mesma.
      Vai espreitar, ajudou-me imenso no principio. http://www.lovingfromadistance.com
      beijinhos e depois diz-me se gostaste.

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