terça-feira, 10 de abril de 2012

Saudade. Saudade. Saudade.

A saudade é uma coisa lixada.
Podemos deparar-nos com a saudade em muitas alturas do dia, ao observar uma fotografia, uma recordação de uma viagem, os livros da escola, ou apontamentos de anos antigos da faculdade, uma lembrança durante uma conversa com amigos, família... Mas, a meu ver, a saudade tem o seu lado bom. Nos últimos dias fui assombrada pelo bichinho da saudade e a conclusão a que cheguei é que, em alguns casos, há uma parte fantástica neste bichinho: a parte em que estamos prestes, a minutos e segundos, de matar as saudades que temos/tivemos de alguém. Aquele friozinho na barriga, quase que parecem dores, toda a excitação de saber que daí a uns segundinhos, plim, estamos novamente na nossa zona de conforto, naquele quentinho de saber que tudo está como estava à uns dias atrás... Oh! Esses segundinhos até me fazem perdoar todo o sufoco que a saudade às vezes causa. Dei por mim, a conduzir e a controlar-me entre o ir mais depressa um bocadinho e o tentar prolongar mais um pouco esse momento, os tais segundinhos. Segundinhos em que dei por mim a sorrir que nem uma tolinha, a ter pancadas na barriga e a querer abanar os pézinhos como se tivesse 3 anos. O culminar das saudades dá-se, então, quanto o alguém já está ao alcance dos nossos olhos, do nosso abraço. E aí, são, agora 10 minutos, a sorrir sem parar, a falar sem parar, por novidades em dia, voltar a sorrir, pensar no que fazer, qual o jantar, voltar a sorrir e, despedir, novamente a sorrir.  
E, assim, o bichinho das saudades consegue vir visitar-me e eu resisto. E no fim do dia até lhe agradeço por me mostrar que o bichinho das saudades não é nada comparado com outros bichinhos de sentimentos que andam ao pé de mim.

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